quarta-feira, 18 de junho de 2025

DE VOLTA À META AI

SEGREDO ENTRE TRÊS, SEGREDO DE NENHUM.

Meta AI foi lançada oficialmente em outubro de 2023 e integrada aos principais aplicativos da empresa (WhatsApp, Facebook, Instagram e Messenger). 


O recurso oferece desde sugestões para o jantar a respostas para perguntas de alta indagação científica, além de ser capaz de criar conteúdo visual. No entanto, alguns usuários torceram o nariz, já que a big tech de Zuckerberg utiliza os dados para aprimorar sua inteligência artificial.


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Ao longo das investigações sobre a espionagem ilegal realizada por servidores da Abin, a PF identificou uma conversa entre o deputado Alexandre Ramagem, ex-diretor do órgão, e o ex-presidente Bolsonaro, na qual foram discutidas supostas irregularidades cometidas por auditores da Receita Federal na elaboração de um relatório de inteligência fiscal que originou um inquérito que teve o senador Flávio Bolsonaro entre os alvos. Durante a gravação, Ramagem afirmou que "seria necessário a instauração de procedimento administrativo" contra os auditores "visando anular a investigação, bem como retirar alguns auditores de seus respectivos cargos". O relatório da PF aponta ainda que integrantes da chamada "Abin paralela" tentaram levantar "podres e relações políticas" dos auditores da Receita. Ramagem e Bolsonaro foram indiciados na última terça-feira. Em ocasiões anteriores, eles negaram a existência de estrutura paralelas na agência e a participação em espionagens ilegais.

  

A empresa garante a conformidade com a LGPD e reforça que, como o WhatsApp conta com criptografia de ponta a ponta em todas as formas de comunicação, os dados pessoais da conta do usuário no mensageiro não são compartilhados com suas contas no Facebook e no Instagram. Por outro lado, a prudência recomenda confiar desconfiando. 


Afinal, o que acontece com as perguntas — por vezes pessoais ou mesmo constrangedoras — que fazemos à Meta AI no Instagram ou FacebookSegundo o portal CNBC, esses dados podem acabar sendo compartilhados sem que a gente perceba, e o problema está nas configurações padrão.


Explicando melhor: quando a gente usa a Meta AI vinculada a uma conta pública do Instagram, por exemplo, as perguntas que fazemos podem se tornar visíveis para qualquer pessoa, e a maioria de nós só se dá conta disso quando já é tarde demais. Então, para continuar usando o Meta AI sem correr o risco de expor informações pessoais, o portal sugere seguir este passo a passo:


Faça login em sua conta no Face ou no Insta pelo PC ou pelo celular;

 

— Clique (ou toque, conforme o caso) em sua foto de perfil, no canto superior direito da tela;

 

— Localize a opção "dados e privacidade";

 

— Na aba "sugerir seus prompts em outros apps" (isso inclui o Face e o Insta), desative a opção nos aplicativos em que você não quer que seus prompts sejam compartilhados;

 

— Volte à página principal de dados e privacidade, clique (ou toque) em "gerenciar suas informações";


— Selecione a opção "tornar todos os seus prompts públicos visíveis apenas para você" e clique (ou toque) em "aplicar a todos" para que a mudança valha para todas as suas interações anteriores.

 

— Aproveite o embalo para excluir o histórico dos seus prompts, se quiser apagar o que já foi registrado.

 

Ao tornar seus prompts públicos visíveis somente para você, eles não serão vistos por qualquer outro usuário, seja amigo, contato ou desconhecido, no FacebookInstagram ou Discover feed.  Esse ajuste ajuda a evitar que sua intimidade vire combustível para fofocas nas redes sociais, mas telas e menus não são exatamente intuitivos, o que pode tornar a reconfiguração mais trabalhosa do que seria de esperar.   

terça-feira, 17 de junho de 2025

DE VOLTA ÀS VIAGENS NO TEMPO — 30ª PARTE

SOMENTE OS TOLOS BUSCAM A PERFEIÇÃO; OS SÁBIOS SE CONTENTAM COM A COERÊNCIA.

Uma viagem relativística (conceito que envolve a dilatação do tempo e a contração da distância, de acordo com a teoria da relatividade) pode parecer a solução ideal para alcançar distâncias cósmicas sem envelhecer. Mas a sobrevivência dos viajantes depende de avanços em biotecnologia, engenharia gravitacional e proteção contra radiação. Sem essas precauções, a viagem poderia ser fatal ou extremamente debilitante. 

 

Assim como ocorre com astronautas após meses em microgravidade na Estação Espacial Internacional, viajar a velocidades próximas à da luz — inviáveis com a tecnologia atual, mas inevitáveis com o tempo — podem causar atrofia muscular e óssea, alterações cardiovasculares, cálculos renais e outros problemas severos. Além disso, a nave precisaria de blindagem robusta contra raios cósmicos e partículas de alta energia, que representam risco de mutações genéticas, câncer e danos neurológicos irreversíveis. Mesmo com o tempo passando mais devagar na espaçonave, não se sabe como células e tecidos reagiriam a esse "congelamento" relativo. 


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Quem sai aos seus não degenera, e filho de peixe, peixinho é. Com a naturalidade de quem comenta o Brasileirão ou a próxima Copa do Mundo, Flávio Bolsonaro disse em entrevista à Folha que o candidato que extrema-direita apoiar precisa se comprometer não apenas a conceder indulto a seu pai, mas também a garantir que o STF não o revogue, mesmo que isso exija “usar a força”. 

Tudo somado e subtraído, o que o filho do pai defende é desfechar em 2027 o golpe que fracassou em 2022 — ou há outra maneira de impor ao Supremo "decisão forçada, dentro das "quatro linhas", que não seja mediante a interpretação distorcida do Art. 142 da Constituição?

Evitar a reeleição de Bolsonaro era fundamental, trazer Lula de volta, opcional, mas custou caríssimo: com a popularidade abaixo do cu do cachorro e encurralado pelo escândalo do INSS, o macróbio emula Dilma — o “poste” que “fez o diabo” para se reeleger em 2014 — para conquistar um quarto mandato.

Resumo da ópera: Flávio Bolsonaro já disse o que o bolsonarismo pretende e deixou claro que a conspiração está em curso, e Lula deixa claro que está cagando e andando para o arcabouço fiscal. Entre uma desgraça e outra, o eleitorado segue firme na intenção de repetir em 2026 o que Pandora fez, uma única vez, sabe Zeus quando. Triste Brasil.


A exposição prolongada à microgravidade compromete o metabolismo, a neuroplasticidade e os processos regenerativos. Após anos viajando, os astronautas retornariam a um mundo profundamente transformado, onde amigos já morreram e a sociedade evoluiu — o que pode gerar alienação, depressão e dificuldades de reintegração. A criação de gravidade artificial por meio de módulos rotatórios ou tecnologias futuras de manipulação do espaço-tempo pode ajudar a mitigar a atrofia, sobretudo se combinada a exercícios rigorosos e etapas de readaptação em ambientes com gravidade variável antes do retorno à Terra. No entanto, sem avanços em biotecnologia, engenharia gravitacional e proteção contra radiação, uma viagem relativística seria fisicamente debilitante ou mesmo fatal. 


Uma possível solução seria a hibernação induzida — técnica ainda experimental, inspirada na capacidade de certos animais de reduzir o metabolismo para economizar energia, que consiste em baixar a temperatura corporal e a taxa metabólica dos tripulantes, diminuindo a necessidade de oxigênio, água e comida. Isso suavizaria os impactos da microgravidade e ajudaria a enfrentar os efeitos psicológicos do confinamento prolongado.

 

Observação: Num estudo publicado na Nature Metabolism, os pesquisadores conseguiram induzir um estado semelhante ao de hibernação em ratos e camundongos — animais que não apresentam essa característica na natureza — utilizando um pequeno capacete que emite um ultrassom no hipotálamo (região do cérebro que controla a temperatura do corpo e o metabolismo durante a hibernação). Com isso, a frequência cardíaca diminuiu em 47% e a temperatura corporal baixou 3ºC. As cobaias pararam de consumir as reservas de açúcar do corpo  queimar apenas as reservas de gordura. 

 

Caso essa tecnologia se mostre viável em humanos, ela poderá ser utilizada em situações de longa espera e escassez, como as futuras – mas ainda distantes – viagens interestelares ou para o tratamento de condições que são beneficiadas pela redução do metabolismo, como as doenças do coração. Por outro lado, o desenvolvimento de câmaras de hibernação confiáveis ainda é um desafio. Se essa solução mostrar aceitável no curto prazo, outras estratégias precisarão ser adotadas: na ISS, os astronautas se exercitam por cerca de duas horas diárias, mas missões longas exigiriam abordagens mais eficazes, e a simulação de gravidade por força centrífuga em naves com módulos rotatórios pode ser uma das alternativas mais práticas.

 

A saúde mental dos viajantes também preocupa. O isolamento, a monotonia e a distância da Terra podem gerar estresse e ansiedade. Simulações imersivas, agendas fixas, atividades sociais e interações programadas com amigos e familiares, mesmo com 3 minutos de delay na comunicação (no caso de Marte), podem preservar o bem-estar psicológico.

 

Como levar grandes estoques de comida é inviável, será necessário desenvolver sistemas autossuficientes de produção de alimentos. Experimentos na estação espacial já demonstram a viabilidade do cultivo de vegetais em microgravidade, e a bioimpressão 3D e a carne cultivada em laboratório poderão suprir a demanda por proteínas, dispensando a criação de animais a bordo. Com monitoramento genético e análise em tempo real, seria possível adaptar as refeições às necessidades individuais dos astronautas, otimizando o metabolismo e prevenindo deficiências nutricionais.

 

A conferir.

segunda-feira, 16 de junho de 2025

DE VOLTA À ACESSIBILIDADE DO ANDROID

ESCUTAR LEVA À SABEDORIA E FALAR DEMAIS, AO ARREPENDIMENTO.

Alguns recursos de acessibilidade são úteis para quem não tem necessidades especiais, mas podem se tornar inseguros se forem usados de maneira indevida. 


No caso do Android, a Acessibilidade viola o princípio do isolamento estrito — um dos pilares da segurança do sistema — ao permitir que um aplicativo tenha acesso a tudo que acontece nos demais.

 
Os antivírus precisam dessa permissão para identificar ações suspeitas, mas os malwares tendem a se valer dessa prerrogativa para ler mensagens, roubar credenciais e dados financeiros, interceptar códigos de confirmação de transação únicos etc.

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Bolsonaro e seus cúmplices na "suposta" tentativa de golpe comemoraram (se é que não tramaram) a possibilidade de a colaboração de Mauro Cid ser anulada à luz da reportagem da revista Veja, segundo a qual o ex-esbirro do capetão teria usado perfis falsos para se comunicar com aliados e criticar a condução das investigações. 

Dias depois de prestar depoimento como réu no STF, o ex-presidente voltou a negar a tentativa de golpe, classificou a apuração como uma "caça às bruxas movida por vingança". No entanto, a denúncia apresentada pela PGR e aceita pelo Supremo não foi baseada exclusivamente na delação de Cid — ou seja, as revelações foram apenas um caminho na busca por provas, e não faltam provas autônomas da culpa dos réus. Ademais, se a colaboração cair, a única coisa que muda nesse processo são os benefícios do colaborador; as provas colhidas a partir do acordo continuam válidas e hígidas. 

Diante disso — e das pífias chances de aprovação da PEC da Anistia —, parlamentares baba-ovos do refugo da escória da humanidade dão tratos à bola para livrar o dito-cujo das "garras" de Moraes. Uma das ideias em discussão seria tirar o foro nos casos de quem já saiu do cargo, o que levaria a trama golpista para a primeira instância. Assim, o processo teria de esgotar todos os recursos em todas as instâncias inferiores até retornar ao Supremo, adiando por anos a provável condenação definitiva. 

A conferir.


Nas versões mais recentes do sistema do Google, o recurso Instalar aplicativos desconhecidos é ativado separadamente para cada aplicativo. Para baixar um app de outra fonte que não a Google Play Store, toque em Configurações > Aplicativos e notificações > Avançado > Acesso especial ao aplicativo > Instalar aplicativos desconhecidos e escolha o programa ao qual você quer conceder a permissão. Concluída a instalação, torne a bloquear o download de aplicativos desconhecidos e faça uma varredura com seu antivírus para garantir que o sistema não foi infectado.

Há outros recursos que facilitam o uso cotidiano do smartphone, como o TalkBack, que lê em voz alta o conteúdo que aparece na tela. Para ativá-lo, toque em Configurações  > Acessibilidade e, no campo Leitor de Tela, selecione TalkBack e vire a chave ao lado de Usar TalkBack e leia o tutorial sobre como usar a ferramenta.
 
O aplicativo Transcrição Instantânea foi desenvolvido para auxiliar pessoas com deficiência auditiva, mas pode ser útil para qualquer pessoa que precise transcrever áudios ou monitorar sons do ambiente. Ele usa o microfone para captar os sons (tanto conversas como latidos de cachorro, campainhas, alarmes e o que está sendo falado num clipe de vídeo naquele momento, por exemplo) e convertê-los em texto na tela. Para habilitar o recurso, abra as Configurações, selecione Acessibilidade, toque em Transcrição Instantânea > Abrir Transcrição Instantânea > Notificações de som e ative a opção Notificações de som.
 
Observação: A disponibilidade e os recursos do Transcrição Instantânea podem variar dependendo da versão do Android e da marca/modelo do celular, e a precisão da transcrição pode ser afetada por ruídos no ambiente e pela clareza da fala.
 
Outra função contida no pacote de Acessibilidade do Android é Selecionar para ouvir. Para usá-la, acesse as Configurações, toque em Acessibilidade > Selecionar para ouvir e ative a opção respectiva. Feito isso, abra o aplicativo ou a página da web que contém o texto desejado, toque no ícone de "play" e arraste o dedo pela tela para selecionar a porção desejada ou toque em algum ponto para que a leitura comece a partir dali. 


Observação: precisão da leitura pode variar dependendo da qualidade da imagem, da fonte e do idioma do texto, que em alguns dispositivos é possível ativar o recurso deslizando dois dedos para cima na tela, e que para fazer leitura em segundo plano é preciso ativar a opção Ler em segundo plano nas configurações (lembrando que você pode realizar o mesmo procedimento com o Google Lens, tanto no Android quanto no iOS).
 
Por último, mas não menos importante: se quiser usar a câmera do celular pode como lente de aumento para analisar qualquer objeto, abra o app, focalize o que você deseja ampliar e mova o controle deslizante para aproximar a imagem, ajustar o brilho e o contraste, adicionar filtros e até ligar a lanterna. 


Divirta-se.

domingo, 15 de junho de 2025

7 DICAS PARA UM CHURRASCO DE MESTRE

MEIAS-VERDADES COSTUMAM SER MENTIRAS INTEIRAS.

Muito do que será visto a seguir já foi objeto de outras postagens dominicais, mas o que abunda não excede e a audiência do Blog é rotativa. Dito isso, vamos ao que interessa: 

 

1) A picanha é rainha das churrascarias e a princesa dos churrasqueiros de fundo de quintal (ou de terraços-gourmet), mas a maminha, a fraldinha, o miolo de alcatra e o contrafilé são cortes macios, suculentos, saborosos, e costuma custar um pouco menos.

 

2) Picanha e sal grosso são indissociáveis, mas o tamanho dos grãos dificulta a absorção e distribuição, deixando algumas partes da carne salgadas demais e outras sem sal nenhum. Flor de sal e sal rosa do Himalaia são ideais para finalizar carnes já assadas, ao passo que o sal de parrilla — mais fino que o sal grosso e mais grosso que o sal refinado — penetra melhor na carne e derrete em contato com o calor do braseiro.


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Primeiro foi a "crise do Pix". Depois o "escândalo do INSS". Em seguida, a "crise do IOF". Desse jeito, não há populismo que reverta os índices de rejeição a Lula, que não aprendeu nada em seus dois primeiros mandatos, nem com o mensalão, nem com os 580 dias de prisão.

A crise gerada pelo aumento atabalhoado do IOF é apenas mais um capítulo da novela do desgaste de Lula, que começou lá atrás, com a falta de diálogo da base com o então ministro Alexandre Padilha, passou pela falta de alinhamento do próprio Lula com seus principais aliados e chegou ao ápice agora com as crises do Pix e do IOF. Até mesmo os partidos de esquerda, como o PSB, ensaiam um desembarque.

Dizem que em 1912, durante o naufrágio do Titanic, os músicos responsáveis pelo entretenimento tocaram por mais de duas horas enquanto os passageiros lutavam para sobreviver. O atual governo já colidiu com o iceberg; o Centrão não só percebeu como já admite que apenas um milagre poderia salvar o petista. 

Ao mais fiéis, resta escolher entre afundar com o navio ou embarcar num bote salva-vidas antes que a orquestra pare de tocar.

 

3) Salgar a carne na hora de servir ajuda a manter a suculência e evita que ela resseque. Mas você pode salgar a picanha um pouco antes de acender o braseiro, ou mesmo besuntá-la com manteiga temperada (misture ½ tablete de manteiga em ponto de pomada com 4 dentes de alho picados, um fio de azeite, sal e tomilho desidratado) e pincele sobre a picanha antes de levá-la à churrasqueira.

 

4) Cortes como maminha, fraldinha e contrafilé podem ser colocados para marinar — isso significa deixar a carne descansando numa mistura de azeite, vinagre e outros temperos, como alho, cebola, sal, páprica e ervas finas por pelo menos duas horas. O chimichurri também é uma boa opção para deixar o churrasco com um sabor diferente.

 

5) Churrasco de carne bovina se come malpassado ou ao ponto. Carne "bem-passada" favorece a formação de compostos carcinogênicos, cuja metabolização pelo fígado gera radicais livres em quantidade superior à que nosso organismo é capaz de neutralizar. De mais a mais, quem gosta de sola é sapateiro.

 

6) Acenda a churrasqueira de 45 minutos a 1 hora antes de colocar a carne para assar, pois assim a selagem será rápida e os sucos internos serão preservados. 


7) Mantenha o lado da gordura virado para cima, pois assim ela derrete, penetra nas fibras e deixar a carne ainda mais macia e suculenta. 


8) Quando a peça estiver selada por todos os lados, afaste-a do braseiro e deixe assar lentamente, para que ela fique dourada por fora e suculenta por dentro. Também é importante deixar a carne descansar por cerca de  5 minutos antes de cortar, pois isso faz com que os sucos se redistribuam, deixando o churrasco mais suculento.

 

9) Churrasco não é só picanha (ou outro corte bovino). Linguiça (tanto comum quanto temperada, recheada com alho, pimenta biquinho e erva-doce), salada de folhas, maionese de batata (com ervilhas, bacon crocante, cebolinha, mostarda amarela e um toque de limão), pão de alho (pães franceses amanhecidos, alho, maionese e cheiro-verde picado, envolvidos em papel alumínio e levados à churrasqueira até que fiquem dourados e crocantes por fora e macios por dentro), farofa de pão com bacon e molho à campanha são complementos indispensáveis.

 

Observação: Pães franceses fresquinhos besuntados com manteiga e recheados com linguiça e queijo coalho grelhado forram o estômago, evitando o pileque da caipirinha, e reduzem a demanda pela carne propriamente dita. Dependendo do número de comensais, a economia pode ser bastante significativa.

 

Agora é só acender o braseiro, assar a carne e encher a pança.

 

Bom apetite.  

sábado, 14 de junho de 2025

DE VOLTA AO GOLPISMO TELEFÔNICO — COMO SE PROTEGER DOS ROBOCALLS

AS PESSOAS GOSTAM DE SER CONVENCIDAS DE QUE DOIS E DOIS SÃO CINCO. QUEM DIZ QUE SÃO QUATRO É TRATADO COMO HEREGE.

Empresas de telemarketing, telefonia e TV por assinatura são responsáveis por grande parte das ligações indesejadas que recebemos diariamente. Quando não caem assim que as atendemos, essas chamadas tocam gravações automáticas tentando nos empurrar produtos que não queremos comprar ou serviços que não desejamos contratar. Mas o maior problema não é o incômodo em si, e sim o risco de elas serem um prenúncio de golpe.


No Brasil, cerca de 20 bilhões de "robocalls" (como são chamadas essas ligações automáticas) são realizadas todos os meses, e metade delas é feita por sistemas automatizados, que as derrubam em até 6 segundos. De acordo com a Anatel, essas chamadas servem como uma "prova de vida" — ou seja, visam confirmar que o número está ativo e que o assinante pode seja bombardeado com ofertas —, evitando que os call centers percam tempo com números inexistentes — no mercado de telemarketing, cada segundo conta.


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O STF encerrou na última terça-feria os interrogatórios dos réus do chamado núcleo 1. Personagem central, Bolsonaro negou envolvimento nos crimes, reiterou que sempre agiu “dentro das quatro linhas da Constituição” e voltou a defender o voto impresso — segundo ele, até o ministro Flávio Dino teria questionado a confiabilidade das urnas eletrônicas. Quanto à minuta que previa prisão de autoridades e decretação de estado de sítio, disse que o tema surgiu informalmente. Afirmou que sobrevive de doações feitas por apoiadores e reclamou da multa de R$ 22 milhões aplicada ao PL pelo TSE por litigância de má-fé. Como se não bastasse, convidou Moraes para ser seu vice em 2026 (o ministro declinou do convite).

Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do DF, negou envolvimento em atos golpistas e classificou como “minuta do Google” o documento com teor antidemocrático encontrado em sua casa. Braga Netto negou qualquer articulação golpista “conspiratória” em visita recebida por militares em sua residência, em novembro de 2022, e refutou as declarações de Mauro Cid sobre dinheiro vivo em caixa de vinho para financiar manifestações — “se houve pedido de ajuda, foi sobre contas de campanha a serem resolvidas no PL”, alegou.

Augusto Heleno, ex-ministro do GSI, negou envolvimento em ações golpistas e disse que suas declarações foram retiradas de contexto. Admitiu ter solicitado à Abin o acompanhamento das campanhas presidenciais de 2022, mas negou qualquer uso político da agência e classificou como “particular e sigilosa” a agenda encontrada com ele, chamada de “caderneta golpista”.

Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa, disse que os atos de 8 de janeiro foram, inicialmente, “uma manifestação pacífica que saiu do controle”, e não uma tentativa de golpe. Durante o interrogatório, escorregou na hierarquia e chamou Moraes de “comandante”. O ministro respondeu: “Isso é um elogio. Nas redes sociais eu já fui chamado de coisa pior.” Almir Garnier, ex-comandante da Marinha, negou ter colocado tropas à disposição de Bolsonaro ou participado de articulações golpistas.

Com a instrução processual encerrada, os advogados dos réus terão 5 dias para solicitar novas diligências — que o relator pode deferir ou negar, assim como convocar eventuais acareações para esclarecer contradições. Encerrada essa etapa e apresentadas as alegações finais pela PGR e pelas defesas, o processo será encaminhado ao presidente da 1ª Turma para marcar o julgamento. Na sessão (ou sessões), Moraes lerá seu relatório e voto. Em seguida, votam os ministros Flávio Dino, Luiz Fux e Cármen Lúcia; o último a votar será Cristiano Zanin, atual presidente da Turma. Havendo condenação e esgotados os recursos cabíveis, caberá à Turma fixar as penas de cada réu.


De acordo com dados recentes da Anatel, essa chamadas cresceram 12% no Brasil entre janeiro do ano passado e o mesmo mês deste ano — um aumento de 23 mil ligações por segundo. Não atender a chamadas de números desconhecidos nem sempre é uma boa ideia, especialmente se a pessoa estiver aguardando notícias importantes, como um vaga de emprego ou um agendamento médico.

 

Ao invés de utilizar as redes de telefonia convencionais, os golpistas se valem da Internet e de softwares específicos (disponíveis na web), tornando a maracutaia mais difícil de ser detectada, uma vez que as ligações parecem legítimas. Algumas quadrilhas de cibercriminosos chegam até mesmo a manipular a identificação do número de origem, fazendo com que uma ligação de uma empresa em São Paulo, por exemplo, exiba o DDD 21, também por exemplo. 


Os sistemas automatizados podem gerar números aleatórios — tornando o bloqueio das chamadas ineficaz —, e alguns golpistas induzem as vítimas a dizer palavras como "sim" ou "não", que gravam e utilizam posteriormente em contratos fraudulentos. Em alguns golpes mais elaborados, os criminosos se passam por empresas de cobrança ou serviços de atendimento, tentando obter dados sensíveis — como números de documentos ou até informações bancárias.

 

A Anatel tenta ampliar o combate às ligações abusivas com a chamada "origem verificada", que deve exibir o nome, o logo e o motivo pelo qual a empresa está ligando, mas, cá entre nós isso é como "enxugar" gelo, pois os vigaristas estão sempre um passo adiante. Mesmos assim, é possível minimizar os ricos seguindo algumas dicas simples:

 

— Não atenda a uma chamada se você não reconhecer o número; se for algo urgente ou importante, a pessoa tornará a ligar.


— Se você atender e o interlocutor for desconhecido, jamais confirme informações pessoais ou bancárias, pois os golpistas podem gravar suas respostas e usá-las para firmar contratos fraudulentos. 


— Se a ligação for de uma instituição com a qual você tem algum vínculo (banco, empresa de telefonia, etc.), desligue e ligue de volta utilizando o número oficial da empresa, disponível no site ou no seu extrato.

 

— Tanto o Android quanto o iOS permitem gerenciar as ligações, mas aplicativos como o Truecaller ampliam a gama de recursos: 

 

— A Anatel e outras entidades reguladoras recebem queixas sobre ligações abusivas. Ao denunciar, você ajuda a autoridade a monitorar e aplicar medidas contra os infratores.

Boa sorte.